segunda-feira, 4 de março de 2013

Problemas Incubação e criação

A criação é para os criadores uma fonte de questões e também de problemas. Eis aqui alguns deles referentes aos ovos e filhotes no ninho.


O que fazer com os ovos brancos?
É normalmente por volta do sexto dia (consoante a espécie ) que o criador observa se os ovos estão fecundados. Quando não estão, são chamados de "claros"(ou brancos). Deve-se então retirá-los?
Sim, se todos estiverem claros. A fêmea fará então uma postura de substituição .
Se o casal tiver sempre posturas de ovos claros podem ser salmonelas,devesse trocar o macho do casal por outro macho de outro casal e ver qual dos casais é que põe ovos claros,(o outro casal tem de que ser reprodutor )depois de saber qual é a fêmea deve-se tratar a ave com  FP 20/20 da avizoon.

Certos casais, contudo, são capazes de identificar ovos claros. Podem até expulsá-los do ninho. Porém a maior parte dos casais não fazem isso. Assim, retirando-se esses ovos evita-se que a fêmea se desgaste por uma incubação inútil. Também ganha-se tempo. É interessante que o criador conserve cuidadosamente um ou dois ovos claros. Podem servir para um outro ninho. Deve-se juntar um ovo claro a uma ninhada pouco abundante de pequenos pássaros. O ovo claro evita que os filhotes novos sejam esmagados acidentalmente. Num ninho, vazio, o ovo claro pode estimular a postura ou, como se verá, constatando-se se um casal não come os ovos. Se numa postura ocorreu apenas um ovo claro, estando os outros fecundados, deve-se então deixá-lo.


Ovo rachado

Se um ovo acidentalmente rachado, é possível conservá-lo usando-se cola ou gesso com um pincel. Geralmente este ovo gora pela contaminação com micróbios.
Quando um ovo está furado, a causa mais provavel é devido às garras muito pontiagudas dos pais. Esse ovo não se desenvolverá. É muito raro que o ovo seja furado por uma bicada; o furo seria muito maior e, frequentemente, quando isso ocorre, o ovo é comido pelos pais.
É necessário observar para que as garras não fiquem grandes de mais e, se necessário, deve-se cortar as suas pontas com uma tesoura,eu custumo de usar daquelas para os gatos.

É preciso retirar-se e devolver os ovos?
Muitos criadores retiram os ovos que vão sendo postos até a terceira postura,substituindo por ovos falsos e quando a fêmea poe o quarto ovo volta-se a trocar os ovos falsos por os verdadeiros.
Eles fazem isso para conseguir uma eclosão agrupada. É que, frequentemente, o filhote nascido por último fica mais pequeno, assim, essa demora de crescimento pode levar ao abandono pelos pais e à morte. A morte de um filhote pode prejudicar a totalidade deles se o cadáver não for removido. Os ovos são postos isoladamente: um ovo por dia, e dois dias podem separar o primeiro do segundo ovo. Portanto, as eclosões são agrupadas. Ela pode ocorrer num mesmo dia ou dois dias somente.

Várias experiências têm mostrado que a fêmea move os ovos regularmente. Isso pode ser verificado pela marcação com uma caneta. Deslocando-se os ovos ela permite uma incubação regular: os ovos situados na periferia recebem menos calor que aqueles do centro do ninho o que poderia acarretar uma demora no seu desenvolvimento. A fêmea muda então os ovos do centro para a periferia e vice-versa. Alguns casais de aves parecem poder avaliar o grau de desenvolvimento do embrião, seja pelo equilíbrio do ovo, seja pelos primeiros "gritos" dos filhotes prestes a nascerem.
Assim, não é necessário retirar os ovos diariamente. Nem, igualmente, movê-los. Primeiro porque a incubação ainda não começou e depois porque a mãe os moverá regularmente. A movimentação dos ovos pode ser necessária quando a ninhada chega de 4 a 6 ovos ou mais. Ela tem a finalidade de assegurar a eclosão agrupada. No ovo, o futuro embrião fica admiravelmente suspenso, de tal modo que esteja no alto, sobre a gema. Em seguida as ligações embrionárias protegem o embrião e o sustentam. O embrião pode correr o risco de colar na casca. Num ovo gorado pode-se observar um embrião imperfeito, colado na casca; isto ocorre após a morte do embrião. Ela pode ser acidental (resfriamento), genética (tara) ou microbiana.
Existem aves que põem apenas um ovo. Uma andorinha-do-mar põe seu ovo na forquilha de um galho, uma outra  cola a uma planta. Estes ovos não serão criados, mesmo assim o seu desenvolvimento é normal.
Acontece, quando a atmosfera fica seca, que o filhote no momento da eclosão fica colado à casca pelos anexos embrionários que secaram. Assim é necessário livrá-lo da casca, já que corre o risco de ser expulso com ela pelos pais.

Os recém-nascidos atirados para fora do ninho.

A eclosão geralmente ocorre pela manhã e é quando o criador encontra 1 ou 2 filhotes fora do ninho, já frios. Se eles ainda se movem, pode-se aquecê-los com um bafejo antes de retorná-los ao ninho. Porém deve-se ter mais atenção e revê-los sempre, pois correm o risco de serem novamente jogados para fora. Aí surge uma dúvida; foi acidente ou foi ato voluntário? A confirmação do ato voluntário é dada por pequenas feridas produzidas pelo bico do pai que expulsou os filhotes, geralmente causadas numa pata ou asa do filhote. Quando isso acontece, pode-se colocar os filhotes no ninho de um outro casal, onde geralmente são bem acolhidos quando nesse novo ninho existem filhotes de idade semelhante. Se os filhotes são recolocados com a mãe, é conveniente retirar-se o macho. Geralmente o macho é o culpado. Para ele, os filhotes no meio dos ovos não eclodidos são tomados como intrusos ou corpos estranhos que precisam de ser retirados. Durante a incubação e nas semanas seguintes os pais vigiam atentamente a limpeza do ninho.